Integrais Impróprias
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Exemplo 1: Dada a função f(x) = 1/x2, fixemos b ³ 1 e tomemos a área A(b) da região do plano limitada pelo gráfico da função, o eixo OX e as retas x = 1 e x = b (figura ao lado). Temos então que |
|
A área da figura limitada pelo gráfico da função, o eixo OX e a reta x = 1 (veja figura ao lado) é dada por |
Definição 1: Seja y = f(x) uma função contínua em [a, +¥ ). Dizemos que a integral imprópria de f em [a, +¥ ) converge e é igual a
caso este limite exista (e seja finito), caso contrário dizemos que a integral imprópria de f em [a, +¥ ) diverge.
Usamos a notação:
No exemplo anterior temos
.
Exemplo 2: Estude a convergência da integral
Temos
Usando integração por partes para resolver a integral definida temos
u = x Þ du = dx
dv = exdx Ü v = ex
Temos
.
Então,
Usando a regra de L´Hospital,
De (1) e (2) segue-se que I converge e I = -1
Exemplo 3: Estude a convergência da integral
Temos
Tomando a mudança de variável t = ex temos dt = exdx,
x = 0 Þ t = 1
x = b Þ t = eb
Usando frações parciais,
temos uma indeterminação do tipo ¥ /¥. Usando L´Hospital ,
Então I converge e
Exemplo 4: Determine os valores de a Î R para os quais a integral
converge.
Temos
Para a ¹ -1:
Calculando o limite a seguir
:
Para a +1 >0, ou seja, para a > -1 temos
Para a +1 < 0, ou seja, para a < -1 temos
Então,
Para a = -1 temos
Portanto a integral converge se, e somente se a < -1
Vamos considerar a seguir integrais impróprias em R
Definição 2: Seja y = f(x) uma função contínua em R. Tomemos a Î R um número qualquer. Dizemos que a integral imprópria de f em R converge e é igual a
caso estas integrais sejam ambas convergentes. Caso contrário (isto é, se pelo menos uma dessas integrais diverge) dizemos que a integral imprópria de f em R diverge.
Usamos a notação:
A definição acima independe do número real a considerado (veja justificativa em sala de aula)
Exemplo 5: Estude a convergência da integral
Tomemos a = 0 e as integrais
Como foi visto no Exemplo 2, I2 converge.
Temos
Usando integração por partes (veja Exemplo 2),
Como I1 e I2 divergem então I também diverge.
Exemplo 6: Na figura a seguir a região sombreada é limitada pelo gráfico da função | |
. | |
e o eixo OX. Verifique se existe um número real k que represente a área dessa região. |
O domínio de f(x) é R e é uma função contínua pois trata-se de uma função racional cujo denominador não se anula. Além disso, f(x) > 0 para todo x Î R. Se existe k devemos ter
Sejam as integrais
Temos,
Portanto existe k e k = p /2 + p /2 = p
Exemplo 6: Verifique se existe um número real k que represente o comprimento de arco da espiral de equação polar r = eq com q £ 0 .
A existência de k é equivalente a
ser convergente. Temos,
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